O que é e para que serve o Controlo de Gestão?

Marco Marques • nov. 30, 2022

Controlo de Gestão: o que é e para que serve?

O Controlo de Gestão é um sistema - constituído por processos, ferramentas e pessoas - que visa obter informação para monitorizar e influenciar o (bom) desempenho de uma organização em todas as suas vertentes (económica, humana, comercial, operacional, etc.).

O controlo de Gestão tem como horizonte o atingimento recorrente dos objetivos existenciais e intermédios da organização. O Controlo de Gestão deve servir toda a Gestão da organização, em todas as suas diferentes áreas operacionais e a todos os níveis (e não somente para preparar os resultados para a Gestão de topo, como muita gente erroneamente assume).

O Departamento de Controlo de Gestão

Normalmente o Controlo de Gestão materializa-se num departamento existente nas organizações, o qual trabalha matricialmente com todas as áreas da mesma. Por norma, o Departamento de Controlo de Gestão depende hierarquicamente da Direção Geral (o que é menos comum, mas mais correto) ou da Direção Financeira (mais frequente, mas menos adequado). 

Esta última realidade tem feito com que o Controlo de Gestão seja habitualmente visto como uma área financeira, o que não corresponde à verdade, pois este departamento preocupa-se com a monitorização de todos os recursos ao serviço da empresa e não apenas do dinheiro enquanto recurso-chave para o funcionamento da organização. 

O recurso ‘dinheiro’ (i.e. enquanto meio de pagamento ou reserva de valor) é um dos muitos recursos essenciais ao funcionamento das organizações (os quais contemplam desde o economato, mobiliário, viaturas até às pessoas, matérias-primas, energia, serviços, etc.) e é nessa condição - enquanto meio de pagamento e de reserva de valor - que é objeto da responsabilidade dos departamentos ditos financeiros. 

O âmbito de atuação do Controlo de Gestão

No entanto, o dinheiro, para além de ser um dos recursos essenciais ao funcionamento das organizações, é também O Objetivo principal das organizações (pelo menos daquelas com fins lucrativos), sobretudo na sua forma (ou variante) conhecida por rentabilidade (ou criação de valor). Para perseguir esta variante do dinheiro (dita rentabilidade) é fundamental garantir a otimização de todos os recursos da organização através da sua tradução financeira direta (i.e. custo) ou através de indicadores (i.e. KPIs) que, de forma mais ou menos direta, procuram avaliar a eficiência da utilização desses mesmos recursos. Além disso, para gerir a rentabilidade no negócio não basta olhar somente para o custo dos recursos. É também necessário olhar para a geração de proveitos, os quais são normalmente obtidos através da venda de produtos e serviços.

Por definição, o departamento que dentro da organização se encarrega da gestão e otimização dos custos e dos proveitos é o Controlo de Gestão e com esta função – ao procurar constantemente a melhor equação entre custos e proveitos do negócio – detém assim a responsabilidade máxima sobre o objetivo final da organização: a rentabilidade ou criação de valor. Por esta razão o Controlo de Gestão deve depender da Direção Geral, o mail alto nível de responsabilidade dentro da Organização

Curiosamente, é esta sua preocupação com esta variante do dinheiro (i.e. rentabilidade) que granjeia erroneamente ao Controlo de Gestão o rótulo de departamento de cariz financeiro quando este se trata efetivamente do departamento mais elementar (e geral) da gestão.

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